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Postado 19/01/2016 às 18:53:37 por Farmacêutico | GV Consultoria Farmacêutica
Suor atrai mosquito? Tomar vitamina B o afasta?
Veja mitos e verdades!

Com a chegada do verão parece que os mosquitos começam a atacar. Quase ninguém consegue escapar desses insetos e, consequentemente, das coceiras. O pior é esperar o ano todo para usar um short ou bermuda e revelar dezenas de pontos vermelhos espalhados pela perna. Segundo membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia, o mosquito gosta muito de umidade, então, a pele suada atrai mais os insetos, assim como o odor exalado. “A atração pelo inseto é determinada, principalmente, por uma predisposição individual genética, pois vai depender do cheiro que o corpo do indivíduo exala e das sustâncias químicas presentes no suor, como o ácido láctico. Essa predisposição varia por uma combinação de fatores, como a composi- ção da pele, das condições metabólicas etc.”, diz. No verão, de fato, as picadas são mais frequentes por dois fatores. “No frio, o indivíduo se cobre e, consequentemente, se protege mais com as roupas. E na época do calor, existem mais mosquitos por conta da chuva, que é um fator de proliferação do inseto”, diz o alergista e presidente da ASBAI (Associação Brasileira de Alergia e Imunologia), José Carlos Perini.

 

Tratamento

“Há um mito de que a vitamina B 12 ou o complexo B, como, por exemplo, a levedura de cerveja, eliminada pela pele modifica o odor do indivíduo e, com isso, o inseto não se aproxima. Mas, experiências já mostraram que mesmo que você passe a vitamina na pele, ainda assim os insetos picam”, afirma o alergista. Se a picada for comum e o indivíduo não for alérgico, Perini indica colocar gelo em cima como forma de tratamento, para aliviar a coceira e não deixar irritar. Cremes e anti-histamínicos, que são os remédios antialérgicos, devem ser prescritos pelo mé- dico, pois variam de acordo com a idade e o peso do paciente, enfatiza o alergista.

 

A vacina também pode ser usada em caso de pessoas alérgicas, que dessensibilizam os efeitos das picadas. No caso dos ambientes, o médico indica o uso de inseticidas à base de água, que não deixam odor, e diz para evitar o uso de repelentes que tem de ligar na tomada, pois estes acabam poluindo o local por um período muito longo. A dermatologista alerta para o uso de repelentes em crianças. “A pele da criança é mais fina e as substâncias acabam penetrando mais. Por isso, o uso de repelentes é indicado apenas para crianças acima de dois anos. E, mesmo assim, o produto deve ser próprio para criança, que é menos tóxico”, afirma.