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Postado 18/09/2017 às 18:06:05 por Farmacêutico
Anticoagulantes orais podem causar danos graves à saúde

O Instituto norte-americano para Práticas Seguras no Uso de Medicamentos divulgou no ano de 2016 uma análise constatando que os medicamentos anticoagulantes estão entre os principais responsáveis por um grande número de danos graves e óbitos relacionados a medicamentos nos Estados Unidos.

Anticoagulantes são medicamentos utilizados para evitar que o sangue forme coágulos dentro dos vasos, situação em que são chamados de trombos.

Praticamente todas as lesões ou óbitos relatados nas pesquisas foram por hemorragias. As hemorragias gastrointestinais e cerebrais foram as mais numerosas. O outro único efeito adverso notável decorrente do uso de anticoagulantes orais foi a insuficiência renal.

Diante desses dados, o Instituto decidiu implementar cinco medidas práticas para aumentar a segurança no uso desses medicamentos:

1. Garantir a ampla disponibilidade de antídotos para reverter sangramentos causados por anticoagulantes orais diretos.

2. Estabelecer diretrizes para terapia combinada com agentes antiplaquetários (aspirina, clopidogrel) e anticoagulantes orais, especialmente em pacientes idosos. 

A combinação de vários agentes antitrombóticos aumenta o risco de sangramento e há pouca informação disponível para orientar quando essa terapia oferece benefícios que superam os riscos aumentados.

3. Reavaliar a adequação das doses de rivaroxabana uma vez por dia em comparação com anticoagulantes semelhantes com um esquema de dosagem melhor adaptado ao tempo de meia-vida do fármaco.

Embora os resultados dos ensaios clínicos para o rivaroxabana sugerem riscos e benefícios semelhantes à varfarina, é provável que o aumento na segurança seja com doses duas vezes ao dia.

4. Fornecer o “tempo de intervalo terapêutico” para o dabigatrana a fim de identificar pacientes com anticoagulação sub-ótima ou excessiva.

Um fármaco com grande variabilidade no efeito anticoagulante em uma mesma dose, precisa de um método de teste sanguíneo recomendado para identificar aqueles pacientes com uma dose fora do intervalo terapêutico.

5. Adotar medidas para garantir que a facilidade de uso dos anticoagulantes orais diretos não resulte em uso excessivo dos mesmos, especialmente em pacientes com fibrilação atrial com menor risco de AVC isquêmico e em pacientes idosos com maiores riscos de sangramento.

 

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