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Postado 11/06/2015 às 16:31:39 por Farmacêutico | O Debate | Blog Farmacêutico Responsável Técnico
7 coisas que você precisa saber sobre a febre do seu filho
Antes de correr para o telefone ou para o hospital, há algumas coisas que você precisa saber.

De acordo com a pediatra Márcia Sanae Kodaira de Almeida, do Hospital Santa Catarina (SP), 1/3 dos atendimentos de emergência e ligações para pediatras são por causa de febre aguda.

1) A febre não é uma doença, é um sintoma. Isso quer dizer que o aumento da temperatura simplesmente mostra que alguma coisa está acontecendo no organismo, o que é um bom sinal. Febre está associada a quadros infecciosos ou inflamatórios e sinaliza que o corpo está em combate. “É umareação do organismo para combater uma infecção. O sistema imunológico libera defesas, que circulam melhor quando a temperatura aumenta no organismo. Funciona como uma defesa”, explica o pediatra Cid Pinheiro, do Hospital São Luiz (SP).

2) Acima de 37,8°C a criança precisa ser medicada. Isso é um consenso entre médicos alopatas. "Acima dessa temperatura, a criança já começa a ter um mal-estar geral: dói a cabeça, dói o corpo", explica Márcia. A medicação deve ser feita para aliviar esses sintomas, não necessariamente para baixar a febre. Após dar o remédio, mesmo que a temperatura ceda, se a criança continuar paradinha, gemente, prostrada, ligue para o pediatra. Vale lembrar que a faixa de temperatura "normal" do corpo vai de 36°C a 37,2ºC.

3) Crianças pequenas naturalmente têm uma variação maior de temperatura. Se você deixar a criança aquecida demais, com casacos e cobertas em excesso, a temperatura corporal pode aumentar significativamente por causa desse superaquecimento. Isso acontece por dois motivos. O primeiro é que o termorregulador da temperatura, que fica no cérebro, ainda é imaturo. O segundo é que a superfície de contato da criança com o mundo externo ainda é muito grande em relação à massa, o que faz com que os bebês ganhem e percam calor com mais facilidade. Para ter certeza de que é febre mesmo, desagasalhe e dê um banho no bebê e só então meça a temperatura de novo.

4) Não precisa temer a convulsão febril. “Um dos maiores temores dos pais é que a febre provoque convulsões nas crianças, mas isso é um mito”, explica Pinheiro. Apenas uma parcela muito pequena das crianças está sujeita a isso, e geralmente há uma forte predisposição genética. As crises convulsivas podem ser desencadeadas apenas quando a temperatura está subindo muito rapidamente, quando a criança tem em torno de 6 meses a 6 anos e apenas se ela tiver a predisposição.

5) Cuidado redobrado com crianças menores de 3 meses e, principalmente, recém-nascidos. No primeiro pico de febre, eles devem ser levados imediatamente ao médico, assim como crianças com alguma doença de base (no coração, nos rins, no pulmão, ou aquelas que tomam remédios específicos). Nesses casos, o alerta é máximo. Se a criança não se encaixar nesses perfis, mas a febre persistir por mais de três dias, também é preciso procurar o pediatra.

6) Fique atento aos sinais de perigo. Se a criança com febre ficar muito prostrada, sonolenta demais, se estiver mancando, respirando rápido, gemente, com muita dor de cabeça ou dor abdominal prolongada, com irritabilidade intensa, choro incontrolável, manchas pelo corpo, ou se convulsionar, é preciso levá-la ao pronto-socorro imediatamente.

7) Intercale a medicação: Muitas vezes, antes do intervalo recomendado entre uma dose e outra de remédio, a temperatura começa a subir novamente. Nesse caso, você pode dar um outro tipo de medicamento. Se a criança tomou paracetamol, por exemplo, você pode dar buprofeno. Também vale fazer esse revezamento para não exceder a máxima dose diária recomendada. Por exemplo, se o remédio pode ser dado de 4 em 4 horas, mas não mais que 5 vezes ao dia, em 24 horas, esse limite não seria respeitado, por isso, é melhor alternar as medicações. No entanto, SEMPRE com orientação do pediatra.

Fonte: O Debate